quinta-feira, 19 de junho de 2014

Ópera Armide

Armide

A ópera surgiu na Itália no final do Renascimento para o inicio do Barroco, "Uma ópera é uma obra teatral que combina solilóquio, diálogo, cenário, ação e música continua (ou quase continua)" (Grout, Palisca. 316). Na década de 1670 nasceu sob patrocínio de Luís XIV a opera nacional Francesa, com características que a diferenciavam da ópera Italiana. Esse modelo de opera Francesa manteve-se inalterada até o meio do século 18. "As características peculiares da ópera francesa tiveram origem em duas fortes tradições da cultura nacional: o suntuoso e colorido ballet, que florescera na corte real a partir do Ballet comique de la reine de 1581, e a tragédia clássica francesa, cujos expoentes máximos foram Pierre Corneille (1606-1684) e Jean Racine (1639-1699)". (Grout, Palisca. 364). O primeiro compositor importante que conseguiu combinar elementos de ballet e teatro em uma obra foi Jean Baptise Lully, essa forma de composição passou a ser chamada tragédia musical.
















A ópera Armide foi a colaboração final entre o libretista Phillipe Quinault e Jean-Baptiste Lully e estreou em 1686. Baseada no poema de Torquato Tasso é ambientada na primeira cruzada e é composta por 5 atos. A obra contém recitativos dramáticos e mudanças rítmicas de fala que ajudam os atores e atrizes dramatizar seus papéis. A ópera conta a História de Armide que mantém cavaleiros das cruzadas em cativeiro e seu inimigo cavaleiro Renaud por quem ela acaba se apaixonando.

















O momento mais famoso da ópera é Ato II, cena 5, um monólogo da feiticeira Armide, considerado "um dos recitativos mais impressionantes de todas as óperas de Lully". Armide segurando um punhal, expressa seu desejo de matar o cavaleiro Renaud, por ter frustrado seu plano de os cavaleiros das cruzadas em cativeiro.







   








"Incêndio do palácio de Armide, que ela própria ordenou em um acesso de fúria por não ter conseguido assassinar Renaud, e por este lhe ter escapado. No primeiro plano, Renaud, de armadura, despede-se de Armide. Aquarela de Jean Bérain". (Grout, Palisca. 365)






Nenhum comentário:

Postar um comentário