Armide
A ópera surgiu na Itália no final do Renascimento para o inicio do Barroco, "Uma ópera é uma obra teatral que combina solilóquio, diálogo, cenário, ação e música continua (ou quase continua)" (Grout, Palisca. 316). Na década de 1670 nasceu sob patrocínio de Luís XIV a opera nacional Francesa, com características que a diferenciavam da ópera Italiana. Esse modelo de opera Francesa manteve-se inalterada até o meio do século 18. "As características peculiares da ópera francesa tiveram origem em duas fortes tradições da cultura nacional: o suntuoso e colorido ballet, que florescera na corte real a partir do Ballet comique de la reine de 1581, e a tragédia clássica francesa, cujos expoentes máximos foram Pierre Corneille (1606-1684) e Jean Racine (1639-1699)". (Grout, Palisca. 364). O primeiro compositor importante que conseguiu combinar elementos de ballet e teatro em uma obra foi Jean Baptise Lully, essa forma de composição passou a ser chamada tragédia musical.
A ópera Armide foi a colaboração final entre o libretista
Phillipe Quinault e Jean-Baptiste Lully e estreou em 1686. Baseada no
poema de Torquato Tasso é ambientada na primeira cruzada e é composta por
5 atos. A obra contém recitativos dramáticos e mudanças rítmicas de fala
que ajudam os atores e atrizes dramatizar seus papéis. A ópera conta a
História de Armide que mantém cavaleiros das cruzadas em cativeiro e seu
inimigo cavaleiro Renaud por quem ela acaba se apaixonando.
O momento mais famoso da ópera é Ato II, cena 5, um
monólogo da feiticeira Armide, considerado "um dos recitativos mais
impressionantes de todas as óperas de Lully". Armide segurando um punhal,
expressa seu desejo de matar o cavaleiro Renaud, por ter frustrado seu plano de
os cavaleiros das cruzadas em cativeiro.
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